Câncer de colo de útero

Compartilhe:

Câncer de colo de útero

O Janeiro Verde: Prevenção e Diagnóstico

O que é O Janeiro Verde?

O Janeiro Verde, é uma campanha de conscientização sobre a prevenção ao Câncer de Colo do Útero, criado pela ASCO (Sociedade Americana de Oncologia Clínica), que também determinou as cores a cada tipo de tumor e o mês para uma campanha de conscientização sobre cada tipo de câncer.

O que é o Câncer de Colo do Útero?

O câncer de colo do útero é causado pela infecção persistente do Papilomavírus Humano (o conhecido HPV).
Dados levantados em 2021 pelo Ministério da Saúde apontam que, 75% das mulheres sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida.
Contudo, cerca de 5% delas irão desenvolver o tumor maligno em um prazo de dois a dez anos.
Segundo pesquisas realizadas pela campanha “Janeiro Verde”, o câncer de colo do útero é o terceiro tumor maligno, mais comum entre mulheres de 35 a 44 anos, e cerca de 16 mil delas desenvolvem a doença silenciosamente, por ano.
Por ser uma doença considerada silenciosa, 35% dos casos acabam levando a morte de pacientes.

De acordo com o INCA, existem alguns fatores de risco para o câncer de colo do útero. Assim, entre eles estão:

  • Início precoce da vida sexual;
  • Múltiplos parceiros sexuais;
  • Histórico de verrugas genitais;
  • Tabagismo;
  • Pacientes com doenças imunossupressoras, ou seja, aquelas que comprometem o sistema imunológico da pessoa.
  • Uso prolongado de pílulas anticoncepcionais.

O que é HPV e como se transmite?

HPV é a sigla em inglês pelo qual o Papilomavírus Humano é mais comumente conhecido.
É um tipo de vírus capaz de infectar a pele e as mucosas que revestem certas partes do corpo humano, como o interior da boca, da garganta, da faringe, do ânus, da vulva, do pênis e da vagina, fazendo com que o paciente desenvolva verrugas e lesões nas regiões que foram atacadas pelo vírus.

Ao todo, existem mais de 150 tipos de HPV. Mas os 12 tipos de HPV considerados de alto risco, capazes de ocasionar o câncer são os tipos: 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59.
Os tipos 16 e 18 de HPV são apontados como responsáveis por 70% dos cânceres de colo de útero detectados em todo o mundo, além de também serem causadores de cerca de 90% dos cânceres de cólon e reto diagnosticados.
Os tipos mais inofensivos e frequentes de HPV são os tipos 6 e 11, sendo capazes de causar verrugas nos genitais e na laringe, sem maiores problemas.

Como diagnosticar a doença?

O diagnóstico é realizado por um ginecologista, realizando exames de toque, e exames laboratoriais.
Os sintomas, por conta da doença lentamente evolutiva, não ocorrem inicialmente, porém, em estágio avançado os principais sintomas são:

  • Sangramento vaginal anormal.
  • Sangramento menstrual mais prolongado que o habitual
  • Secreção vaginal incomum, com um pouco de sangue.
  • Sangramento após a menopausa.
  • Sangramento após a relação sexual.
  • Dor durante a relação sexual.
  • Dor na região pélvica.
  • Inchaço das pernas.
  • Problemas ao urinar ou evacuar.
  • Sangue na urina.

Como se prevenir o Câncer de colo de útero?

O método principal e mais utilizado para rastreamento do câncer de colo do útero é o teste preventivo (Papanicolaou – exame citopatológico do colo do útero).
É um exame simples e rápido, podendo, no máximo, causar um pequeno desconforto.
Para garantir um resultado correto, preferencialmente, não se deve ter relações sexuais (mesmo com camisinha) no dia anterior ao exame e evitar o uso de duchas, medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores à sua realização.
Este método é facilmente encontrado no SUS e também nos consultórios particulares, e é recomendado para mulheres de 25 a 64 anos, ou que já tiveram atividade sexual.
Isso pode incluir homens trans e pessoas não binárias designadas mulher ao nascer.

Tirando o exame preventivo, segundo informações no site do INCA, também é possível realizar os seguintes testes:

Exame pélvico e história clínica: exame da vagina, colo do útero, útero, ovário e reto através de avaliação com espéculo, toque vaginal e toque retal.

Colposcopia – exame que permite visualizar a vagina e o colo de útero com um aparelho chamado colposcópio, capaz de detectar lesões anormais nessas regiões.

Biópsia – se células anormais são detectadas no exame preventivo (Papanicolau), é necessário realizar uma biópsia, com a retirada de pequena amostra de tecido para análise no microscópio.

Caso os resultados acusem a presença de células anormais, tumores, lesões de alto nível, o tratamento varia de acordo com o estágio de evolução: tamanho do tumor, idade e se a paciente deseja ter filhos.

Além da vacinação contra o HPV, que é indicada em meninas de 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos.
E o uso da camisinha que é o melhor método de prevenção ao HPV e outras doenças mais graves como AIDS e Sífilis.
É importante que a mulher consulte o ginecologista com regularidade e que realize o exame preventivo todos os anos ou de acordo com a orientação do médico, pois assim é possível que seja identificada precocemente qualquer alteração que possa ser sugestiva de câncer, sendo então iniciado o tratamento mais adequado.

Gostou dessa informação? Então ajude a chegar ao maior número de pessoas possível, compartilhando este post, ou acompanhando nossas redes sociais.

Medless, saúde de dentro para fora!

Artigos Relacionados

Continue sua leitura