Dia internacional das mulheres e meninas na ciência
Quando você pensa em ciência, geralmente vem à cabeça grandes nomes como Albert Einstein, Isaac Newton, Charles Darwin, Nikola Tesla ou Stephen Hawking.
Pois bem, isso vem mudando constantemente desde o século 19.
A data deu início pelo decreto oficial no dia 22 de dezembro de 2015, quando no fórum mundial de saúde e desenvolvimento da mulher na assembleia geral da ONU, declarou-se dia 11 de fevereiro, o Dia Internacional da Mulher na Ciência.
“Efeito Matilda”, você já ouviu falar?
o “Efeito Matilda” surgiu para denunciar os casos em que trabalhos realizados por mulheres são atribuídos a homens, ou casos em que a participação das mulheres nesses trabalhos é diminuída.
O termo é uma homenagem à sufragista Matilda Joslyn Gage, nascida em New York nos EUA, ela defendeu os direitos das mulheres americanas o que ajudou a liderar e divulgar o movimento de sufrágio feminino, no século 19.
Maltilda fundou a União Nacional Liberal Feminina e foi fundamental para o progresso das mulheres na ciência.
Saiba mais sobre a biografia de Matilda Joslyn aqui.
Representatividades das mulheres na ciência
Apesar de pouca visibilidade, hoje, cerca de 28% dos pesquisadores, segundo a ONU, são mulheres.
Ainda assim é bastante baixo, e por este motivo, vamos citar alguns nomes femininos na história da ciência.
5 Mulheres para você se inspirar
Ada Lovelace – Matemática (1815 – 1853)
Ada Augusta King, nascida em Londres tornou-se a primeira programadora da história da computação.
Após um pedido de seu mentor, para traduzir um seminário do francês para o inglês, ela acrescentou anotações de sua autoria.
Isso ocorreu em 1842, ela ajudava seu mentor em uma máquina analítica e entre as anotações que Ada havia feito estava um algoritmo capaz de calcular sequências dos números de Bernoulli.
Infelizmente Ada não viveu para ver sua criação funcionando, mas em 1982 uma linguagem de programação estruturada foi nomeada “Ada” e em outubro existe uma data comemorativa em sua homenagem “Ada Lovelace Day”.
A data tem objetivo de celebrar o legado de Ada e de outras mulheres das áreas de tecnologia, matemática e engenharia, além de incentivar mais mulheres a trilhar esses caminhos.
Marie Curie – Física e Química (1867-1934)
Manya Salomee Sklodowska, nascida na Polônia, formada em Física e Matemática, a cientista descobriu e isolou elementos como rádio e polônio, e foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel de Física e Química em 1903.
Marie foi responsável pelo termo “radioatividade” ao concluir a radiação natural que emanava de dentro do átomo, resultando em ganhar por duas vezes, o Prêmio Nobel de Física em 1903, e de Química ao descobrir novos elementos em 1910.
Vale acrescentar que um elemento químico, descoberto em 1944, denominado Cúrio (Cm), de número atômico 96, recebeu este nome em homenagem a Marie e seu marido.
Rosalind Franklin – Química (1920 – 1958)
Rosalind Elsie Franklin, também nascida em Londres, formou-se em química, e contribuiu muito para a ciência com o entendimento das estruturas de materiais como o DNA, o RNA, o carvão, o grafite e dos vírus.
Suas descobertas ganharam renome depois de sua morte, sendo reconhecida como a mais importante cientista na história da Biologia.
Rosalind, após o término de seu trabalho com o DNA, prosseguiu nos estudos sobre a estrutura molecular do vírus.
Logo em seguida, quando descobriu que estava com câncer, antes de falecer conseguiu um financiamento para seu último trabalho, e sua equipe então publicou a pesquisa em sua memória.
Apesar de não ter ganhado seu Prêmio Nobel injustamente, Rosalind ficou conhecida como a “mãe do DNA”.
Katherine Johnson – Física e Matemática (1918 – 2020)
Katherine Coleman Goble Johnson, formada em Matemática, foi responsável pelos cálculos que levavam o homem até a lua, e também foi a primeira mulher negra a ter seu artigo reconhecido na agência espacial dos EUA.
Katherine fez muito mais que ajudar o homem a chegar a lua, ela também foi responsável pelos cálculos que resultaram na volta de um astronauta que orbitou em volta da terra.
Nos anos 50, sofreu severas segregações raciais por conta da época.
Em 1952 conquistou sua vaga na equipe de computação da NASA, em uma sessão para afro-americanos.
Além de toda sua representatividade em ser uma das 3 mulheres negras a fazer história dentro da NASA, junto de Dorothy Vaughan e Mary Jackson, Em 2016, a NASA deu o nome dela a um edifício, Katherine G. Johnson Computational Research Facility.
Nise da Silveira – Medicina e Psiquiatria (1905-1999)
Nise Magalhães da Silveira, formada em Medicina com especialização em psiquiatria, fez história ao desenvolver e transformar tratamentos de saúde mental no Brasil.
Apesar de ter sido presa em 1936, pela posse de livros então proibidos no Brasil e uma denúncia feita por uma colega de trabalho, Nise ficou conhecida mundialmente por sua contribuição à psiquiatria, revolucionou o tratamento mental no Brasil e foi aluna de Carl Jung.
Portanto, a luta para aumentar o percentual de mulheres na ciência está apenas no inicio, mesmo com tantos nomes importantes dentro de um legado feminino que contribuiu de alguma forma para o progresso da ciência.
Parabéns a todas as mulheres que trabalham na área, estão estudando ou você que leu este post e gostaria de deixar um legado junto a ciência, assim como a nossa healthtech, parabéns.