O que é Sarcopenia?
A sarcopenia é definida como perda de força, massa e função muscular e é um preditor de mortalidade.
A sarcopenia não é apenas uma doença geriátrica, mas está relacionada a várias condições crônicas, como doenças e vamos citar algumas delas neste post.
Qual o impacto que a Sarcopenia causa na qualidade de vida e rotina
É importante observar que a qualidade de vida está relacionada à longevidade e mortalidade da população.
Uma vez que a doença em questão, refere-se à perda muscular relacionada à idade, afetando uma combinação de massa muscular apendicular, força muscular e/ou medidas de desempenho físico e agora é amplamente considerada uma doença.
Portanto, realizaram estudos durante 10 anos com idosos ingleses, com idade média de 70 anos, uns diagnosticados com a Sarcopenia e outros não.
Além da doença estar plausivelmente ligada a uma redução na qualidade de vida, foi observada e associada a maiores taxas de hospitalização, dependência, quedas e incapacidade.
O que pode limitar a capacidade de realizar certas funções em suas vidas diárias.
Resultados com Idosos diagnosticados com Sarcopenia
Chegou-se a conclusão de que a doença da Sarcopenia deve ser melhor investigada em relação à danos causados pela má qualidade de vida e falta de exercícios físicos na rotina.
Afim de prevenir e trazer melhores resultados significativos no quesito longevidade.
Em primeiro lugar, ficou o comprometimento funcional, o que interfere significativamente na rotina.
Em segundo, quedas, oque altera totalmente o comportamento com medo de cair e ocasionar fraturas.
Em terceiro vem a saúde mental, resultado da debilitação na rotina.
E em quarto lugar, descobriu que a Sarcopenia reduz a qualidade do sono também.
Este estudo é baseado em dados de seis ondas (da Onda 2 à Onda 7) do English Longitudinal Study of Aging (ELSA).
Desafios no Desenvolvimento de Medicamentos para Sarcopenia e Fragilidade
Em 2021, a Força-Tarefa da Conferência Internacional sobre Pesquisa em Fragilidade e Sarcopenia (ICFSR) fez uma reunião online para discutir o desenvolvimento de medicamentos fabricados pela indústria farmacêutica.
As intervenções no estilo de vida são a base atual das opções de tratamento na prevenção e gestão de ambas as condições.
No entanto, os agentes farmacológicos são necessários para as pessoas que não respondem às modificações do estilo de vida, para aquelas que não conseguem aderir ou para as quais tais intervenções são inviáveis.
A medicina convencional é muitas vezes inadequada para lidar com as complexas necessidades médicas de idosos frágeis, frequentemente resultando em diagnósticos e tratamentos incorretos.
Portanto, consistentemente, ensaios clínicos randomizados (ECRs) testando os efeitos de modificações no estilo de vida (principalmente atividade física e programas nutricionais) têm sido realizados com o objetivo final de reduzir o aparecimento de incapacidades em pessoas idosas.
Em estudo, também realizado com pessoas de cerca de 70 anos, para medir a capacidade de completar o teste de caminhada de 400 m em 15 minutos e presença de baixa massa magra, descobriu-se que, alguns fármacos podem ajudar em estágios diferentes como:
Tabela de resultados em discussão pelo ICFSR
Intervenção medicamentosa e mecanismo de ação
Fase 1
Ocitocina – Reposição do hormônio ocitocina;
Cloridrato de Anamorelina – Agonista do receptor de grelina;
Cloreto de cetilpiridínio – Actividade antimicrobiana;
Metformina – Inibição da gliconeogênese hepática;
Rapamicina, nitroprussiato de sódio – Inibição de mTOR, vasodilatação;
Insulina, L-NMMA, Nitroprussiato de Sódio – Reposição de insulina, inibição da NOS, vasodilatação;
MK-677 – Modulação seletiva do receptor de androgênio.
Fase 2
Androgel (gel de testosterona), Anastrozol – Reposição de testosterona, inibição da aromatase;
LPCN 1148 – Reposição de testosterona;
BIO101 (20-hidroxiecdisona) – Ativação do receptor MAS;
Bimagrumab – Inibição do receptor de ativina;
Losartana – Bloqueio do receptor de angiotensina;
REGN1033 (Trevogrumabe) – Inibição de miostatina ou activina;
Grelina – Terapia de reposição de grelina;
MK-0773 – Modulação seletiva do receptor de androgênio;
Enantato de testosterona, finasterida – Reposição de testosterona, inibição da 5-alfa redutase;
Testosterona tópica – Reposição de testosterona;
MK0677 – Modulação seletiva do receptor de androgênio;
Fase 3
Sustanon 250, Zoladex – reposição de estosterona, reposição de gonadotrofina
Testosterona – Reposição de testosterona;
Vitamina D3 – Reposição de vitamina D;
Cloreto de Cetilpiridínio – Atividade anti-séptica;
Alfacalcidol -Reposição de vitamina D;
Desidroepiandrosterona – Reposição de dehidroepiandrosterona;
Fase 4
Alopurinol – Inibição da xantina oxidase;
Enantato de testosterona – Reposição de testosterona;
Pioglitazona – Sensibilização à insulina, ativação de PPARγ;
Gel tópico de testosterona 1% – Reposição de testosterona;
Lembrando que, este estudo ainda esta em conclusão devido as condições atuais de saúde pública, complicando os ensaios clínicos.
E nenhuma citação descrita aqui, serve como prescrição ou tratamento.
A importância de combinar intervenções farmacêuticas e de exercícios não deve ser negligenciada em seu potencial, sendo assim, quando estes estudos forem concluídos, iremos atualizar as novidades a respeito da intervenção medicamentosa relacionado a doença de Sarcopenia.
Sarcopenia e outros fatores que interferem na Qualidade de Vida
A menopausa por estar associada à alteração de produção de hormônios, pode sim ser um fator de avanço na sarcopenia.
E para tratar e prevenir é necessário uma mudança no estilo de vida, por meio de atividades físicas e até mesmo reposição hormonal.
A obesidade também afeta a doença em questão, porque durante o envelhecimento ocorre, devido a má qualidade de vida, uma inflamação tanto adiposa quanto gordurosas nos músculos.
Por sua vez, pode desenvolver a OS (Obesidade Sarcopênica), porém, muitos idosos com índice de massa corporal normal podem realmente abrigar SO em vários graus, antes de progredir para sarcopenia grave completa.
Doenças hepáticas crônicas (DTC), como por exemplo a mioesteatose que é caracterizada pelo acúmulo de gordura nos músculos e está relacionada à doença hepática avançada.
Isso acontece quando associamos ao desenvolvimento precoce da fibrose e a um pior prognóstico a longo prazo.
E também existe outro fator de risco, a complicação do abuso de álcool e a desnutrição, uma condição estritamente ligada à sarcopenia.
Um estudo feito em pacientes com diabetes tipo 2, mostrou que a sarcopenia aumentou com a idade e diminuiu com o aumento do IMC, e que participantes que tomaram metformina isoladamente ou em combinação com outros medicamentos apresentaram menor risco de sarcopenia do que aqueles que não tomaram medicação. (Ref)
A sarcopenia é detectada em todos os estágios de lesão hepática, com aumento de 7,1 % na prevalência dos estágios não cirróticos ,11,8% em cirrose compensada e 21,9% em cirrose descompensada.
Prevalência de Sarcopenia em Mulheres com Câncer de Mama
Um estudo clínico feito com mulheres com câncer de mama e IMC inferior a 30 kg/m 2, revelou que:
Na última década, as medidas de composição corporal ganharam maior atenção na pesquisa oncológica, uma vez que a sarcopenia é um achado comum em pacientes com câncer, potencialmente influenciando a toxicidade da quimioterapia e o desfecho do paciente; (REF)
Portanto, é crucial identificar se há risco de sarcopenima antes dos tratamentos realizados em fase de Câncer de Mama, devido a alta toxidade da quimioterapia e complicações pré-operatórias.
Esses fenômenos possivelmente podem ser explicados pela conhecida associação entre massa magra e muscular e parâmetros farmacocinéticos, como distribuição de drogas, metabolismo e depuração de agentes quimioterápicos
(REF)
Esteróides anabólico-androgênicos e treinamento físico
A Oxandrolona é o único esteroide anabólico androgênico aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) para o tratamento da perda de peso após trauma grave, cirurgia de grande porte, cirrose alcoólica, distrofia muscular de Duchenne e Becker e infecções graves.
Pois, aumenta a função muscular e o desempenho físico, aumenta a síntese e ingestão de proteínas e reduz a gordura visceral.
Cespiati A, Meroni M, Lombardi R, Oberti G, Dongiovanni P, Fracanzani AL. Impact of Sarcopenia and Myosteatosis in Non-Cirrhotic Stages of Liver Diseases: Similarities and Differences across Aetiologies and Possible Therapeutic Strategies. Biomedicines. 2022 Jan 16;10(1):182. doi: 10.3390/biomedicines10010182. PMID: 35052859; PMCID: PMC8773740.)
O equilíbrio fisiológico entre os processos anabólicos e catabólicos nos tecidos é alterado durante o envelhecimento, especialmente naqueles com sarcopenia.
Agentes anabolizantes, como a testosterona, têm sido utilizados em ensaios clínicos com resultados positivos na função sexual e física em pacientes idosos. (ref)
Um resumo recente de estudos feitos com homens e mulheres com 40 anos ou mais revelou que:
A terapia de reposição de testosterona mais estudada e recomendada de forma exógena (TRT) para homens com hipogonadismo.
Ela é usada para melhorar a libido, a função sexual e a qualidade de vida em homens sintomáticos com níveis anormalmente baixos de testosterona.
E pode ser recomendada para controlar a síndrome da sarcopenia em homens.
Idosos sarcopênicos apresentam menor ingestão calórica total (macronutrientes e micronutrientes) em comparação com idosos não sarcopênicos, e isso contribui para o estado de catabolismo e resistência anabólica.
Decanoato de Nandrolona (ND) e Oxandrolona, demonstraram eficácia no aumento da força e massa muscular em condições clínicas (AIDS, doença renal crônica e DPOC), idosos eugonádicos e mulheres idosas. (REF)
Lembrando mais uma vez, que todos os fatos citados aqui tem base científica, mas não são recomendações ou medidas para tratativas de pacientes.
Nosso papel como uma HealthTech é informar as novidades tecnológicas, avanços e inovações relacionados à área de saúde, principalmente da mulher.
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