80 motivos para diminuir o consumo de açúcar

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Açúcar não é somente a “cana-de-açúcar” como a maioria das pessoas conhece, mas sim nossa fonte de energia.

Existem vários tipos de açúcar, os carboidratos e sacarídeos, dependendo do tamanho das moléculas, são divididos em monossacarídeos, dissacarídeos, trissacarídeos e polissacarídeos.

Monossacarídeos

São moléculas menores, os mais conhecidos são a glicose e a frutose, as principais fontes de energia de um ser humano.

A Glicose faz parte do grupo de carboidratos simples, ela possibilita a respiração celular e a formação da maltose e sacarose (convertidas em energia). Sacarose é a união da glicose com a frutose, presentes no “açúcar de mesa” e alguns adoçantes, é também extraída da cana-de-açúcar.

A Maltose é a união de suas moléculas de glicose, extraída de cereais, como a cevada, germinados.

Apesar de importante, deve ser consumida com moderação, pois os carboidratos simples elevam o nível de açúcar no sangue rapidamente, o que pode ocasionar problemas como diabetes, obesidade ou hipoglicemia.

A Frutose é o açúcar natural proveniente das frutas. Quando consumida, a frutose é metabolizada e transformada em glicose pelo organismo, atuando como um excelente combustível de energia.

Mas os benefícios só são aproveitados quando consumida in natura, por meio das frutas. Isso porque elas fornecem a frutose combinada com fibras, vitaminas e minerais.

Dissacarídeos

Os dissacarídeos são carboidratos formados pela combinação de dois monossacarídeos através de uma ligação glicosídica.

Estes compostos orgânicos são formados por moléculas de carbono, hidrogênio e oxigênio.

Suas principais características são o sabor doce e a solubilidade em água e, por isso, são muito utilizados como adoçantes.

Trissacarídeos

Os dissacarídeos são carboidratos formados pela combinação de dois trissacarídeos, por exemplo a rafinose: glicose, frutose e galactose.

Polissacarídeos

Polissacarídeos são grandes polímeros naturais formados por cadeias de monossacarídeos ligados entre si por ligações glicosídicas, que são ligações covalentes resultantes da condensação de dois monossacarídeos.

Insolúveis em água, os polissacarídeos são carboidratos, também conhecidos como glicanos.

Através da hidrólise da biomolécula, um grande número de açúcares menores é liberado.

Exemplos de polissacarídeos:

  • Ácido hialurônico: preenche as lacunas entre as células de todos os animais.
  • Amido: reservatório de energia em plantas, encontrado em diversos alimentos.
  • Celulose: componente da parede celular de plantas e outros organismos.
  • Glicogênio: reservatório de energia em animais e outros organismos, como fungos e bactérias.
  • Heparina: componente de órgãos, como pulmões, pele e órgãos de defesa do organismo.
  • Pectina: fibra solúvel que compõe frutas e vegetais.
  • Quitina: componente da parede celular de fungos e da carapaça de insetos.
  • Tunicina: secreção responsável por proteger o corpo de alguns animais pela formação de uma túnica.

5 Motivos para consumir menos açúcar

1. Impacto na Saúde Física:

O consumo excessivo de açúcar está diretamente relacionado a uma série de problemas de saúde física. Isso inclui um maior risco de obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

O açúcar adicionado em alimentos processados e bebidas açucaradas é uma das principais fontes de calorias vazias, o que significa que oferece poucos nutrientes, mas muitas calorias.

2. Riscos de Diabetes Tipo 2:

O açúcar é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2.

O consumo excessivo de açúcar pode levar a resistência à insulina, tornando as células do corpo menos sensíveis à insulina, o hormônio que regula os níveis de açúcar no sangue.

Isso pode resultar em níveis cronicamente elevados de açúcar no sangue e, eventualmente, no desenvolvimento do diabetes.

3. Obesidade e Saúde Infantil:

O aumento no consumo de açúcar também está correlacionado com altas taxas de obesidade, especialmente em crianças.

O açúcar adicionado em alimentos processados e bebidas açucaradas contribui para o excesso de calorias e pode levar ao ganho de peso não saudável.

A obesidade infantil está associada a uma série de problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas e diabetes.

4. Saúde Dental:

O açúcar é um dos principais contribuintes para problemas dentários, como cáries e doenças gengivais. As bactérias na boca se alimentam de açúcares, produzindo ácidos que corroem o esmalte dos dentes. Isso pode levar a dores de dente, perda de dentes e problemas bucais crônicos.

5. Dependência e Comportamento Alimentar:

O açúcar tem propriedades viciantes para muitas pessoas.

O consumo frequente de açúcar pode levar a um ciclo de desejos por alimentos açucarados, contribuindo para o aumento do consumo e dificultando a redução do açúcar na dieta.

Isso pode afetar negativamente o comportamento alimentar e a sensação de saciedade.

6. Problemas Cardiovasculares: Dietas ricas em açúcar podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares, incluindo hipertensão arterial, doenças cardíacas e derrames.

O açúcar pode contribuir para a inflamação, aumento dos níveis de triglicerídeos no sangue e redução do colesterol HDL (bom), todos os quais são fatores de risco para problemas cardíacos.

7. Resistência Leptina: A leptina é um hormônio que regula o apetite e a saciedade.

O consumo excessivo de açúcar pode interferir na sinalização da leptina, levando a um aumento do apetite e, potencialmente, ao excesso de consumo calórico.

7. Impacto na Saúde Mental: Dietas ricas em açúcar também podem estar ligadas a problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade.

O açúcar pode afetar os níveis de neurotransmissores no cérebro, levando a flutuações de humor e energia.

8. Inflamação e Doenças Crônicas: O consumo excessivo de açúcar tem sido associado a processos inflamatórios crônicos no corpo, o que pode aumentar o risco de várias doenças crônicas, incluindo câncer.

9. Aumento do Risco de Doenças Hepáticas: O consumo excessivo de açúcar, especialmente na forma de frutose, pode levar a doenças hepáticas gordurosas não alcoólicas (DHGNA), uma condição em que o fígado acumula gordura em excesso. Isso pode progredir para cirrose e outras complicações hepáticas.

Tipos de açúcar

Cristal

É apresentado na forma de cristais grandes e transparentes e passa por processo de refinamento em que cerca de 90% das vitaminas e minerais são retirados.

Refinado

Também conhecido como açúcar branco, o açúcar refinado é o mais conhecido. Durante o processo de refinamento, são acrescentados alguns aditivos químicos, como enxofre, para dar a coloração branca. Nesse processo, porém, algumas vitaminas e sais minerais são perdidos.

Mascavo

É a forma mais bruta de extração do açúcar da cana, retirado depois do cozimento do caldo da cana. Como não passa por refinamento, o açúcar mascavo apresenta coloração mais escura e sabor mais encorpado, semelhante ao da cana-de-açúcar. Sem refinamento, são preservados os minerais como cálcio, ferro, zinco, magnésio e potássio, e as vitaminas.

Demerara

O açúcar demerara passa por um refinamento leve e não recebe nenhum aditivo químico, por isso seus grãos são marrom-claros. Possui valor nutricional alto, parecido com o do açúcar mascavo. A melhor escolha para este tipo de açúcar é a forma orgânica, porque mantém todos os nutrientes sem a adição de defensivos agrícolas.

Açúcar de coco

É um substituto do açúcar de cana, extraído do fluido das flores da palma de coco, que não passa por refinamento e adulteração. Além disso, não contém conservantes. O açúcar de coco possui elevada quantidade de potássio, magnésio, zinco e ferro e é fonte natural de vitaminas B1, B2, B3 e B6. Apresenta baixo índice glicêmico, sendo digerido mais lentamente.

Açúcar light

Também conhecido como açúcar fit ou açúcar magro, o açúcar light é mistura do açúcar refinado comum e de adoçantes artificiais como sucralose, ciclamato de sódio e sacarina sódica.

É menos calórico que o açúcar comum, em função de seu menor teor de sacarose, porém deve ser consumido com cautela.

Apesar de conter menor teor de sacarose em relação aos outros tipos de açúcares, o açúcar light não contém nutrientes e não pode ser considerado um alimento saudável.

O açúcar light só deve ser consumido por indivíduos com diabetes do tipo 1 ou 2, caso seja recomendado por nutricionista ou médico, observando sintomas clínicos, exames laboratoriais e sendo inserido em uma alimentação equilibrada e saudável.

Açúcar e Nicotina

O açúcar e a nicotina são substâncias diferentes em termos de composição química e origem, mas têm algumas semelhanças surpreendentes em relação aos riscos que representam para a saúde humana. Quais são os efeitos negativos na saúde e a importância de se conscientizar sobre seus potenciais danos:

1. Vício e Dependência:

Tanto o açúcar quanto a nicotina têm o potencial de criar dependência em algumas pessoas.

O açúcar é conhecido por ser viciante devido à forma como estimula o cérebro, ativando centros de recompensa que liberam dopamina, o neurotransmissor do prazer.

Isso pode levar ao desejo por alimentos açucarados e ao consumo excessivo, resultando em ganho de peso e problemas de saúde relacionados.

A nicotina, por sua vez, é uma substância altamente viciante encontrada nos produtos do tabaco, como cigarros e cigarros eletrônicos.

Ela também afeta os centros de recompensa no cérebro, levando à dependência física e psicológica. Fumar é uma das principais causas de morte evitável em todo o mundo devido aos sérios problemas de saúde que causa.

2. Riscos à Saúde:

Tanto o açúcar em excesso quanto o tabagismo têm efeitos negativos significativos na saúde humana.

  • Açúcar: O consumo excessivo de açúcar está associado a uma série de problemas de saúde, incluindo obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardíacas, doenças hepáticas gordurosas não alcoólicas e cáries dentárias. Além disso, o açúcar pode causar flutuações nos níveis de açúcar no sangue, o que pode levar a mudanças de humor, fadiga e desejos por mais açúcar.
  • Nicotina: O tabagismo é uma das principais causas de câncer de pulmão, bem como de várias outras doenças respiratórias, cardiovasculares e cânceres em todo o corpo. Além disso, a exposição à nicotina pode prejudicar o sistema circulatório e aumentar o risco de acidentes vasculares cerebrais e doenças cardíacas.

3. Necessidade de Conscientização:

Assim como é importante conscientizar as pessoas sobre os riscos do tabagismo e promover esforços para reduzir o número de fumantes, também é crucial educar o público sobre os perigos do consumo excessivo de açúcar.

A conscientização pode levar a escolhas mais saudáveis e a uma redução dos danos à saúde.

Agora sim, os 80 motivos para evitar o consumo de açúcar:

  1. Aumento do risco de diabetes tipo 2.
  2. Contribui para a obesidade.
  3. Prejudica a saúde cardiovascular.
  4. Pode causar dependência
  5. Promove o envelhecimento precoce.
  6. Aumenta o risco de câncer.
  7. Provoca flutuações de energia.
  8. Prejudica a saúde dental.
  9. Afeta a cognição e memória.
  10. Aumenta o risco de doenças hepáticas.
  11. Contribui para a síndrome metabólica.
  12. Prejudica a função imunológica.
  13. Eleva os níveis de triglicerídeos.
  14. Aumenta a pressão arterial.
  15. Causa inflamação no corpo.
  16. Acelera o processo de envelhecimento.
  17. Prejudica a sensibilidade à insulina.
  18. Pode levar à esteatose hepática.
  19. Contribui para a disbiose intestinal.
  20. Aumenta o risco de depressão.
  21. Provoca picos de açúcar no sangue.
  22. Prejudica a qualidade do sono.
  23. Pode levar a distúrbios alimentares.
  24. Aumenta o risco de doenças renais.
  25. Promove a formação de placas dentárias.
  26. Causa irritabilidade e oscilações de humor.
  27. Contribui para a resistência à leptina.
  28. Aumenta o risco de síndrome do ovário policístico.
  29. Prejudica a saúde ocular.
  30. Pode levar a doenças neurodegenerativas.
  31. Afeta a absorção de nutrientes.
  32. Contribui para a esteatose hepática não alcoólica.
  33. Aumenta o risco de doenças respiratórias.
  34. Prejudica a saúde óssea.
  35. Promove o acúmulo de gordura visceral.
  36. Causa alterações na flora intestinal.
  37. Aumenta o risco de síndrome metabólica.
  38. Aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
  39. Prejudica a saúde do fígado.
  40. Contribui para a resistência à insulina.
  41. Pode levar a problemas de fertilidade.
  42. Afeta a função cerebral e cognitiva.
  43. Aumenta o risco de Alzheimer.
  44. Prejudica a saúde dos rins.
  45. Promove o acúmulo de gordura no fígado.
  46. Causa desequilíbrios hormonais.
  47. Pode levar a problemas digestivos.
  48. Contribui para a formação de cálculos biliares.
  49. Aumenta o risco de doenças autoimunes.
  50. Prejudica a saúde das articulações.
  51. Afeta a qualidade do colágeno na pele.
  52. Pode levar a transtornos do humor.
  53. Contribui para a resistência à leptina.
  54. Aumenta a ansiedade e o estresse.
  55. Prejudica a saúde dos olhos.
  56. Promove a formação de gordura corporal.
  57. Causa desequilíbrios de neurotransmissores.
  58. Pode levar a problemas respiratórios.
  59. Contribui para a formação de placas arteriais.
  60. Aumenta o risco de problemas metabólicos.
  61. Prejudica a saúde das artérias.
  62. Afeta a regulação do apetite.
  63. Pode levar a transtornos de sono.
  64. Contribui para a resistência à insulina.
  65. Aumenta o risco de doenças gastrointestinais.
  66. Prejudica a saúde dos dentes.
  67. Promove a formação de gordura abdominal.
  68. Causa desequilíbrios na microbiota intestinal.
  69. Pode levar a transtornos alimentares.
  70. Contribui para a formação de placas dentárias.
  71. Aumenta a irritabilidade e o mau humor.
  72. Prejudica a saúde da pele.
  73. Afeta a liberação adequada de hormônios.
  74. Pode levar a oscilações de energia.
  75. Contribui para a resistência à insulina.
  76. Aumenta o risco de síndrome metabólica.
  77. Prejudica a saúde das unhas.
  78. Promove a inflamação crônica.
  79. Causa desequilíbrios no sistema imunológico.
  80. Pode levar a distúrbios de apetite.

Fonte: Podcast Ciência no dia-a-dia

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