Menopausa x Neuroendocrinologia

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menopausa

O que a ciência explica sobre a transição da menopausa?

Antes de começar a explicar as alterações, o que fará bastante sentido para as mulheres nesta fase, vamos entender o que é a menopausa e o que a neurociência tem para nos dizer a respeito.

Menopausa

Em resumo, a menopausa é o declínio total e permanente dos ciclos menstruais, após a perda da atividade folicular ovariana.
Essa fase geralmente começa em torno dos 40-50 anos, ou quando se permanece por mais de 12 meses sem menstruar.

A menopausa pode afetar e muito a rotina de uma mulher devido aos seus sintomas mais comuns, são eles:

  • Alterações no ciclo menstrual
  • Ondas súbitas de calor na pele
  • Vermelhidão na pele causadas por esse calor
  • Aumento do suor, principalmente, durante a noite
  • Palpitações e sensações de desmaio
  • Coceiras e secura vaginal
  • Diminuição da libido
  • Insônia e problemas para dormir
  • Mudanças de humor, com características de ansiedade, depressão e irritabilidade
  • Diminuição da autoestima
  • Redução no metabolismo
  • Ganho de peso
  • Dores de cabeça
  • Calafrios
  • Diminuição da memória
  • Perda de elasticidade da pele
  • Secura na pele e cabelos
  • Crescimento dos níveis de porosidade dos ossos
  • Incontinência urinária

Mas o que de fato acontece para dar início a menopausa?

Bom, nós temos um vídeo em nosso canal do youtube, que explica exatamente como se comportam esses hormônios, antes, durante e após a menopausa.

Assista o vídeo completo clicando >>> aqui<<<

Vamos lá,

A mulher até os 8-9 anos, tem seus folículos ovarianos inativos, e nesta idade eles começam a ser ativados.
Fase que chamamos de pré-puberdade.

Outra fase super importante da mulher é a reprodutiva ou menacme.
A menacme tem início na primeira menstruação e acaba na última, isso pode acontecer dos 12-13 aos 46-47 anos.

Nessa fase, cerca de 300 folículos crescem e aumentam a produção hormonal, causando variações hormonais, por isso menstruamos mensalmente.

Também na menacme é importante estar atendo aos fatores:

  • Anticoncepção
  • PCO
  • Doenças Estrogênios Dependente
  • Endometriose/ Adenomiose
  • Sangramentos Disfuncionais
  • TPM
  • Miomas
  • Gestação
  • Etc.

Como ja falamos dos sintomas da menopausa, entendemos que esses folículos diminuem tanto, que eles não crescem mais, por isso as quedas hormonais, causadora das quedas hormonais.

Neuroendocrinologia

Agora chegamos no contexto do título deste blog, como a ciência explica a menopausa:

É fundamental que todos entendam os mecanismos escondidos por trás das alterações do nosso sistema nervoso central durante a menopausa.

Essas modificações podem causar sintomas vasomotores, enxaquecas, depressão ou ansiedade e distúrbios cognitivos.

Um exemplo, entender o hipoestrogenismo, para assim ser possível criar uma terapia hormonal adequada para cada uma das pacientes, melhorando sua qualidade de vida.

O hipoestrogenismo esta associado a sensibilidade do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, por causa dele é que sintomas como ondas de calor, suor noturno e insônia, aparecem na transição.

Também é possível encontrar 2 tipos de receptores de estrogênio. O ER alfa e o ER beta.
O ER alfa fica localizado nas regiões de memória e processos emocionais (Córtex pré-frontal, amígdala, hipocampo e hipotálamo.)
Já o ER beta, encontra-se expressamente no hipocampo, tálamo, neocórtex, e mitocôndrias (onde geralmente ocorre uma ação protetora contra doenças oxidativas, por exemplo, o Alzheimer.)

Observando de um ponto biológico, alguns neurotransmissores como a dopamina, serotonina e outras, exercem a modulação tanto da oscilação de humor como das ondas de calor.
Sendo assim, durante a transição menopausal, existe um comprometimento regulatório favorecendo o surgimento da depressão quando ocorre dentro das áreas responsáveis pelo controle emocional, o sistema límbico e o córtex pré-frontal.

Quando ocorre uma desregulação na área do hipotálamo, favorece o aparecimento de sintomas vasomotores.

Em caso de memória, o resultado neuronal desempenha um papel importante nos estrogênios circulantes, pois durante a transição é possível ter uma queda e na sétima década, mais ou menos, cai de 10-20%.
Enquanto que, quando o assunto é libido, ocorre devido aos baixos níveis de DHEA (desidroepiandrosterona), o que pode ser regulado com terapia hormonal adequada, repondo hormônios para tratamento de síndrome de deficiência androgênica.

Ainda falando de memória, a mulher tem maiores riscos de desenvolver doenças crônicas degenerativas como a redução da memória de curto prazo, como o Alzheimer, por exemplo.
Os estrogênios estão diretamente ligados às funções cognitivas e memória, por este motivo tem papel fundamental no SNC.
Eles atuam na região do córtex pré-frontal e hipocampo (corpoestriado), que agem no controle de armazenamento de aprendizagem , habilidades da linguagem e julgamento.

Durante a menopausa, também tem a queda do hormônio Alopregnanolona (ALLO).
Ele modula o estresse, o humor e os traços de caráter, expressando propriedades ansiolíticas e sedativo-hipnóticas, atuando como agonista nos receptores GABA-A (ácido γ-aminobutírico).
Em 2019, foi aprovado para uso em tratamentos a longo prazo de depressão pós parto.

Para concluir um pedaço desse universo da neurociência explicando sintomas da menopausa, damos início dizendo que: o bem estar começa no sistema nervoso central.

Ou seja, as explicações tem início ao ambiente em que essa paciente cresceu, com seus progenitores, no âmbito familiar e todos os envolvidos.
Neurologicamente, pode se dizer que tudo que afetar o seu processo cognitivo, de aprendizagem e emoções, vão impactar nos sintomas da menopausa sim.

É por este motivo, que todos os integrantes e envolvidos com o Grupo Medless, se preocupam com a qualidade de vida de suas pacientes.
Entregar mais longevidade e bem estar no processo, em todas as fases da mulher.

Esse é o nosso compromisso! Saúde de dentro para fora!

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